Eu definitivamente não gosto da literatura brasileira dos anos 80. E também do cinema, espelhamento da mesma poética. Não gosto porque há nela toda a crise da fragmentação dos sujeitos, a crise da derrocada do idealismo ortodoxo, a crise da descoberta de uma esquizofrenia identitária. Os personagens sofrem, sofrem... dos livros pinga suor e sangue. Aqueles que porventura deixaram seus Ataris para sentar a bunda na cadeira com uma pena na mão, só sofreram em líteras obtusas.
Prefiro esta literatura contemporânea, que abraça a esquizofrenia de forma lúdica e definitiva, e brinca com a fragmentação de maneira deliciosa. Por isso, esqueçam os Rubens Paivas, Lya Lufts e Abreus da vida e partam para os Galeras, Cuencas, Mirisolas, Mempos e tudo o que estiver datado com o ano 2000 em diante nas fichas catalogais.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário